quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O Sonhador

E ele sonha. Às vezes alto demais, às vezes pequeno demais. Às vezes dormindo, às vezes acordado, mas sempre sonhando. E ele não se cansa de sonhar, com o emprego perfeito, com a família perfeita, com o dinheiro excessivo, com os filhos divinos e com uma vida perfeita. Sonha com planetas que ele iria visitar, com mundos que iria construir, com projetos que iriam revolucionar, ele sonha com o impossível e inigualável.
Pobre menino, sonha tanto que se esquece de viver. Nos teus sonhos vivia, na tua  realidade, ele não existia. Pobre menino, esquece de tomar café, de estudar, de trabalhar, de procurar alguém para construir os sonhos da família e da vida perfeita.
E ele cresceu assim, vivendo de sonhos e vontades que não se esforça para realizar.
Escreve teus sonhos em papéis e guarda-os em teu baú. Só tiraria de lá quando os realizasse, um a um. E o baú estava cheio, tantos sonhos e poucas realizações. Vontade escassa.
Ambíguo, não? Pra quê tantos sonhos, se não se esforça para realizar ao menos um? Pobre menino, os baús iriam crescer com o passar dos anos.
Ele é amargo, sórdido e diferente, um alguém tão deplorável com sonhos tão fantásticos. É algo que eu nunca entendi.
Seus sonhos eram como sua própria vida, inerte.
Ele sonhava com um trailer para viajar o mundo, clichê, mas jamais lutou para comprar um trailer ou passaporte.
Sonhava em sair de casa e construir a tua sozinho, mas nunca lutou por um emprego que auxiliasse.
Na noite em que se formou, disse-me que sonhava em tocar uma estrela e provar do teu sabor, mas jamais sequer tentou sair de tua cidade, quanto mais de teu planeta.
Eu o acompanhei crescer sonhando, conheci teu baú, conheci teus sonhos, conheci aquilo que ele chamava de vida e não viveu. Ele viveu de sonhos, e nunca de realidades.
Teu último sonho escrito no papel colocado em teu baú foi : "viver intensamente e lutar para realizar meus sonhos."
Pobre menino, último sonho que na verdade foi, na minha sincera opinião, um choque de realidade. Pobre menino, era um sonhador, que acordou tarde demais para realizar qualquer um de seus sonhos.


































domingo, 14 de fevereiro de 2016

Resenha: O Segredo



O Segredo

Páginas: 184
Autor(a): Rhonda Byrne



O Segredo é um livro de auto-ajuda. Não aqueles chatos, que dizem o que você deve ou não fazer e pronto. Ele explica, com frases e citações de cientistas e escritores, detalhe por detalhe, de uma maneira cativante tudo o que você precisa para ser feliz. Ele retrata a vida de diversas pessoas e suas mudanças após ler o livro. Assim que comecei a ler, não queria parar mais, a cada página eu ficava mais fascinada com as revelações que o livro trazia. 
Ele nos faz enxergar o verdadeiro erro das pessoas infelizes, consegue provar apenas com palavras que para ser feliz, infeliz, rico ou pobre, ou qualquer coisa, basta você pensar. Um pensamento pode mudar tudo ao seu redor. A força dos nossos pensamentos é tão grande, que é capaz de mudar nossas vidas em pouquíssimo tempo.
Uma citação de Michael Bernard Beckwith que o segredo nos mostra é :

"A criação está sempre acontecendo. Toda vez que alguém tem um pensamento. ou uma forma intensa e prolongada de pensar, ele está no processo de criação. Algo se manifestará a partir desses pensamentos."

Ou seja, tudo que você diz, ou pensa, se torna real. Por isso não adianta pensar "não consigo", "não posso", "não é possível", pois isso só irá se tornar real. O Universo gira ao redor de seus pensamentos, e ele atende ao seu pedido, então, peça e pense coisas que você quer atrair para sua vida.

Super recomendo este livro, algumas pessoas não acreditam no Segredo, nem nas coisas que ele nos proporciona, outras esquecem de por em prática, mas acredito que quem lê e presta atenção nas entrelinhas do texto, consegue mudar sua vida com apenas um pensamento.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Felicidade



A felicidade não faz morada,
Ela se hospeda.
A felicidade é uma piada.
Ela é o fim de uma queda.


Sem hora de partida,
Te bagunça, te faz viva,
Sem aviso na tua ida,
É tarde, ela já te cativa.


A felicidade é um balanço,
Vai e vem,
Ela diz:"eu nunca me canso."
Eu sim, esse balanço não me convém.


Nunca aprendemos,
Da felicidade à abstinência.
Sofremos.
Por fim, entramos em decadência.


segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Sociedade de papel

Estamos nos transformando em robôs. Estamos deixando que o mundo os controle, que as pessoas decidam o nosso destino e a sociedade a nossa vida.
Somos um só, deveria ser cada um por si, cada um nas tuas metas, nos teus sonhos, nas tuas vontades e na tua realidade, mas não é bem assim. Quantos sonhos você já deixou de realizar por medo? Quantas coisas você já deixou de fazer por medo do que vão pensar, por medo do que vão fazer? Não importa a idade, classe social, escolhas que você fez na vida, você já deixou de tentar, por algo ou por alguém.
Esse é o grande problema que enfrentamos todos os dias.
Nos importamos demais com a opinião alheia, com os pensamentos alheios, deixamos a sociedade nos controlar, deixamos o mundo fazer de nós o que ele quer que sejamos, e não o que realmente somos.
É isso que nos torna igual. Nos tornamos pessoas vulneráveis, robôs, nos tornamos pessoas de papéis, onde até mesmo a brisa mais leve consegue nos levar. E por quê? Porque temos medo, medo de se reerguer, de levantar o tom de voz  e fazer o que temos vontade. Abaixamos a cabeça e deixamos passar.
Quantas vezes iremos viver? Duas? Três? Não, iremos viver apenas uma vez. Vamos viver e morrer. A vida é curta demais para sermos de papel, sermos vulneráveis, curta demais para fazermos apenas o que exigem e não o que queremos. Aproveita-la ouvindo a sociedade dizendo o que você deve e o que não deve fazer? Sendo controlada por pessoas que mal sabem das suas vontades? Ou viver do nosso jeito, da nossa maneira? Um dia de cada jeito, de cada vez, cada vez mais divergente, ou todos os dias iguais? A vida é monótona, mas quem decide isso é você.
Imagine um relógio. Quanto tempo passou? Quanta coisa você fez? Seja itinerante, não cole seus pés no chão, não enterre seus sonhos e desejos por vontades alheias, porque se o amanhã não chegar, viva o suficiente hoje.